Um guerreiro chamado José Afonso
No passado dia 23 de Fevereiro, poucos recordaram o aniversário da morte do emblemático cantor, compositor e poeta português Zeca Afonso. Porém, o facto é que há 18 anos atrás esta figura incontornável quer da música, quer da poesia, e até mesmo da própria história portuguesa morria no Hospital de Setúbal, vítima de uma esclerose lateral amiotrófica.
José Afonso nasceu a 2 de Agosto de 1929 em Aveiro e passou a sua infância dividido entre Portugal e as colónias (Angola e Moçambique), pelas quais ganhou aliás um particular afecto. Estudou na Faculdade de Letras de Coimbra e em 1953 gravou os seus primeiros dois discos de fado de Coimbra. Para além de cantor e poeta, exerceu durante alguns anos a actividade de professor. As suas músicas eram na sua maioria músicas de intervenção política contra o regime do Estado Novo. Pela sua orientação política, foi expulso do ensino oficial, pelo que passou a dedicar-se ainda mais intensamente ao apoio de colectividades e associações populares e à actividade política anti-Estado Novo. Em 1973, chegou mesmo a estar preso durante 20 dias na prisão de Caxias. A sua música “Grândola Vila Morena”, censurada pelo regime salazarista, tornou-se famosa por ter sido escolhida como senha para a revolução do 25 de Abril. O sinal para o arranque das tropas mais afastadas de Lisboa e a confirmação de que a revolução começara foram dados quando esta música passou no programa "Limite" da Rádio Renascença às 0.20h do dia 25. Contemporâneo da guerra colonial e vítima do regime fascista português, lutou sempre pela libertação das colónias e do próprio povo português, enfrentando o regime e pondo em perigo a sua própria vida. Após a revolução de Abril, a sua intervenção social e política através da música nem por isso cessou, permanecendo ainda hoje a sua voz como a recordação de um Portugal oprimido e em guerra, mas com força para lutar contra essa opressão e essa guerra.
No Estaleiro Cultural bracarense “Velha-a-Branca” encontra-se neste momento em exposição uma série de fotografias e documentos biográficos intitulada “Zeca Afonso: Andarilho, Poeta e Cantor”, acerca deste verdadeiro guerreiro das palavras.
José Afonso nasceu a 2 de Agosto de 1929 em Aveiro e passou a sua infância dividido entre Portugal e as colónias (Angola e Moçambique), pelas quais ganhou aliás um particular afecto. Estudou na Faculdade de Letras de Coimbra e em 1953 gravou os seus primeiros dois discos de fado de Coimbra. Para além de cantor e poeta, exerceu durante alguns anos a actividade de professor. As suas músicas eram na sua maioria músicas de intervenção política contra o regime do Estado Novo. Pela sua orientação política, foi expulso do ensino oficial, pelo que passou a dedicar-se ainda mais intensamente ao apoio de colectividades e associações populares e à actividade política anti-Estado Novo. Em 1973, chegou mesmo a estar preso durante 20 dias na prisão de Caxias. A sua música “Grândola Vila Morena”, censurada pelo regime salazarista, tornou-se famosa por ter sido escolhida como senha para a revolução do 25 de Abril. O sinal para o arranque das tropas mais afastadas de Lisboa e a confirmação de que a revolução começara foram dados quando esta música passou no programa "Limite" da Rádio Renascença às 0.20h do dia 25. Contemporâneo da guerra colonial e vítima do regime fascista português, lutou sempre pela libertação das colónias e do próprio povo português, enfrentando o regime e pondo em perigo a sua própria vida. Após a revolução de Abril, a sua intervenção social e política através da música nem por isso cessou, permanecendo ainda hoje a sua voz como a recordação de um Portugal oprimido e em guerra, mas com força para lutar contra essa opressão e essa guerra.
No Estaleiro Cultural bracarense “Velha-a-Branca” encontra-se neste momento em exposição uma série de fotografias e documentos biográficos intitulada “Zeca Afonso: Andarilho, Poeta e Cantor”, acerca deste verdadeiro guerreiro das palavras.
Fontes:
1 Comments:
De facto, este senhor foi mesmo um guerreiro. É bom que se recordem datas como estas. Acho o tema do blogue muito interessante e parece-me boa a diversidade de assuntos que, mesmo subscrevendo um único tema, vocês conseguem abordar. Parabéns!
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