quinta-feira, abril 7

Ópera causa polémica em Londres


Richard Wagner


A adaptação da ópera "O Crepúsculo dos Deuses", do compositor alemão Richard Wagner, provocou indignação entre a plateia do Coliseu da English National Opera em Londres no passado sábado dia 2 de Abril, pelo simples facto de mostrar uma terrorista que durante a actuação fazia explodir um cinto de explosivos.


No passado Sábado dia 2 de Abril foi apresentada no Coliseu de Londres a adaptação da ópera “O Crepúsculo dos Deuses”, ópera essa que encerra a tetralogia de Wagner (1813-1883), chamada “O Anel de Nibelungo”, e que na sua actual adaptação é dirigida por Phyllida Loyd.
Esta nova adaptação não foi muito bem recebida pela plateia, aliás a plateia no final “aplaudiu” a peça com apupos e gritos de protesto.
Tudo se deve à ideia da directora da ópera, dado que, esta converte a heroína da ópera, Brunilde, numa terrorista suicida que no final da peça se imola de forma dramática activando um detonador, que por sua vez faz rebentar os explosivos que estavam colocados num cinto.
A adaptação feita por Phyllida Loyd contraria de todo a versão original, já que na versão original a filha do guerreiro Wotan – Brunilde – é condenada por este a ficar num aro de fogo sendo salva por Sigfredo, o seu herói.
Para além do desagrado que provocou entre o público, esta adaptação também desagradou a alguns críticos de ópera como Andrew Carlton, que em declarações ao “The Observer” afirmou que a adaptação feita por Loyd foi “demasiado ousada”.
Loyd veio a público defender-se, dizendo que apenas quis fazer uma versão mais contemporânea da ópera, versão essa que representasse melhor o mundo actual, já que, segundo a autora, “Estamos a assistir a um mundo que desceu ao inferno. Quase toda esta ópera representa o mundo que nos rodeia. Tem avareza, terror, traição e um apetite voraz pelo poder"

Fonte: www.rtp.pt
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