segunda-feira, abril 18

“Arte” em tempos difíceis de Guerra



A cadeia europeia de notícias – Euronews, conseguiu realizar no passado dia 26 de Março uma entrevista exclusiva com o Xeque Naim Kassem, secretário-geral do Hezbollah, apesar das medidas de segurança extremamente rigorosas.
No passado dia 26 de Março, os jornalistas da Euronews conseguiram um feito notável – entrevistar o xeque Naim Kassem, líder do Hezbollah, uma formação política e ao mesmo tempo a única milícia armada do Líbano. A entrevista decorreu num apartamento clandestino do bairro xiita de Beirute, a capital libanesa, apesar das fortes medidas de segurança em torno de Naim Kassem.
Trata-se de uma entrevista importante, na qual o líder deste partido e grupo armado, comenta a situação no Líbano, a posição que o Hezbollah tem no país e as recentes opiniões da comunidade internacional face ao Hezbollah.
O Hezbollah, ou Partido de Deus, é considerado por Washington uma organização terrorista, apesar de Bruxelas não o considerar, facto que têm levado o governo norte-americano a pressionar Bruxelas a incluir a milícia na lista, por eles elaborada, de organizações terroristas.
Apesar da relutância por parte da União Europeia, no passado dia 10 de Março o Parlamento Europeu aprovou por maioria uma resolução, puramente consultiva, na qual constam algumas medidas destinadas a pôr cobro às actividades terroristas do Hezbollah, embora não inclua o Hezbollah na lista de organizações terroristas.
Foi com base neste cenário internacional que os jornalistas da Euronews entrevistaram o Xeque Kassem. Este na sua entrevista refere que o recurso às armas não é algo que o Hezbollah queira fazer, mas é e será sempre um mecanismo a recorrer quando tal seja necessário, nomeadamente, quando a soberania e independência do Líbano estiver em causa.
Para além disso, Kassem sublinhou que está contra qualquer ingerência externa nos problemas do Líbano, reafirmando que o Líbano, enquanto estado soberano que é, não precisa que ninguém se intrometa nos seus problemas. Acrescentou ainda que se trata de um estado democrático e que só o povo poderá mudar o que quer que seja.
Ao longo da sua entrevista é notório um sentimento anti Estados Unidos da América e Israel, nações que ele considera inimigas e contra as quais estará sempre disposto a lutar.


Entrevista na íntegra em: